terça-feira, 5 de outubro de 2021

Descoberto o primeiro planeta orbitando três estrelas

Cientistas podem ter identificado o primeiro planeta conhecido orbitando três estrelas. O sistema estelar fica a uns meros 1.300 anos-luz da Terra.

© ALMA (GW Orionis)

A imagem da esquerda, fornecida pelo ALMA, mostra a estrutura anular do disco, com o disco mais interno separado do resto do disco. As observações na imagem à direita mostram a sombra do anel mais interior no resto do disco.

Ao contrário do nosso Sistema Solar, que tem apenas uma única estrela, pensa-se que metade de todos os sistemas estelares, como GW Ori onde foi observado o novo fenômeno, consistem de duas ou mais estrelas que estão gravitacionalmente ligadas entre si. Mas ainda não tinha sido descoberto nenhum planeta orbitando três estrelas, uma órbita circumtripla. 

Usando observações pelo ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array), astrônomos da Universidade de Nevada em Las Vegas, EUA, analisaram os três anéis de poeira observados em torno das três estrelas, que são essenciais para a formação planetária. Mas encontraram uma lacuna substancial, embora intrigante, no disco circumtriplo.

A equipe analisou diferentes origens, incluindo a possibilidade de que a lacuna foi criada pelo torque gravitacional das três estrelas. Mas depois de construir um modelo abrangente de GW Ori, descobriram que a explicação mais provável e fascinante para o espaço no disco é a presença de um ou mais planetas massivos, de natureza semelhante a Júpiter. 

Os gigantes gasosos são geralmente os primeiros planetas a formarem-se dentro de um sistema estelar. Seguem-se depois os planetas terrestres como a Terra e Marte. O planeta propriamente dito não foi observado, mas a descoberta sugere que este é o primeiro planeta circumtriplo já descoberto.

Outras observações pelo ALMA estão planejadas para os próximos meses, que podem fornecer evidências diretas do fenômeno, evidenciando que a formação de planetas é muito mais ativa do que é considerada.

Um artigo foi publicado no periódico Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

Fonte: University of Nevada

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