sexta-feira, 22 de julho de 2016

Espaço… a fronteira final

Cinquenta anos atrás o Capitão Kirk e a tripulação da nave estelar Enterprise começaram sua jornada para o espaço: a fronteira final. Agora, como o mais novo filme de Star Trek, o telescópio espacial da Hubble está igualmente explorarando novas fronteiras, observando galáxias distantes através do programa Frontier Fields.

aglomerado de galáxias Abell S1063

© Hubble/J. Lotz (aglomerado de galáxias Abell S1063)

O último alvo da missão do Hubble é o distante aglomerado de galáxias Abell S1063, potencialmente o lar de bilhões de novos mundos.

O aglomerado pode ser visto no centro da imagem e mostra como ele era há quatro bilhões de anos. Mas o aglomerado de galáxias Abell S1063 permite-nos explorar um tempo ainda mais cedo do que isso, onde nenhum telescópio tem realmente olhado antes. A enorme massa do aglomerado distorce e amplia a luz de galáxias que estão por trás devido a um efeito chamado efeito de lente gravitacional. Isso permite que o Hubble veja galáxias que de outra forma seriam muito fracas para serem observadas e torna possível procurar e estudar a primeira geração de galáxias no Universo.

Os primeiros resultados a partir dos dados sobre o Abell S1063 prometem algumas notáveis ​​descobertas. Uma galáxia já foi encontrada como era apenas um bilhão de anos após o Big Bang.

Os astrônomos também identificaram dezesseis galáxias de fundo, cuja luz foi distorcida pelo aglomerado, fazendo imagens múltiplas delas aparecendo no céu. Isto irá ajudar os astrônomos a melhorar seus modelos de distribuição da matéria comum e escura no aglomerado de galáxias, como a gravidade destes influenciam nos efeitos de distorção. Estes modelos são a chave para a compreensão da natureza misteriosa da matéria escura.

O Abell S1063 não está sozinho em sua capacidade de curvar a luz de galáxias de fundo, nem é o único destas enormes lentes cósmicas a ser estudado utilizando Hubble. Três outros aglomerados já foram observados como parte do programa Frontier Fields, e mais dois serão observados ao longo dos próximos anos, fornecendo uma imagem notável de como eles funcionam e o que está dentro e fora deles.

Os dados recolhidos dos aglomerados de galáxias anteriores foram estudados por equipes de todo o mundo, permitindo-lhes fazer descobertas importantes, tais como: as galáxias que existiam apenas centenas de milhões de anos após o Big Bang e a primeira aparição prevista de uma supernova através de lente gravitacional.

O roteirista e produtor de televisão norte-americano Eugene Roddenberry, o criador de Star Trek, ficaria orgulhoso com tal extensa colaboração internacional.

Fonte: ESA

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