O KELT-9b é conhecido como o exoplaneta mais quente já detectado até agora pela humanidade.
© NASA/JPL-CALTECH (exoplaneta orbitando uma estrela azul supergigante)
Devido ao calor extremo, elementos como ferro e titânio estão dispersos em forma de gás em sua atmosfera, conforme descoberto no ano passado.
Mas agora um novo estudo, das Universidades de Berna e Geneva, na Suíça, aponta que esse corpo celeste também possui metais raros da Terra, como escândio e ítrio, além de outros metais vaporizados como sódio, crômio e magnésio.
O KELT-9b é um exoplaneta, pois está bem distante de nós, fora do nosso Sistema Solar. Para ter ideia, o Sol está a oito minutos-luz da Terra (um trajeto de 149.600.000 km), enquanto que esse exoplaneta fica a 620 anos-luz de distância do nosso planeta.
O exoplaneta está orbitando a estrela azul supergigante HD 195689, com temperaturas que um pouco mais abaixo do que a temperatura do Sol (5.500 ºC).
A estrela está bem próxima do exoplaneta, pois o que separa os dois é um trajeto que tem apenas 3% da distância entre a Terra e o Sol. Isso garante que o KELT-9b tenha uma temperatura de 4.327 ºC.
Devido às altas temperaturas, a atmosfera do KELT-9b- apresenta apenas gases. Com isso, os átomos vaporizados do exoplaneta são capazes de absorverem comprimentos de onda de luz: os astrônomos usaram espectrômetros para detectar tais comprimentos de onda e identificar os elementos químicos presentes durante esse fenômeno.
Além de encontrarem componentes raros que existem na Terra, os pesquisadores descobriram as latitudes nas quais os elementos atingiam a atmosfera do exoplaneta e conseguiram deduzir os padrões dos ventos no KELT-9b.
As técnicas desenvolvidas podem ajudar na identificação de elementos nas atmosferas de outros planetas, abrindo a possibilidade para entendermos como e por que existe vida na Terra.
Fonte: Galileu
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