A imagem abaixo mostra a vasta nuvem de formação de estrelas conhecida como W3.
© Herschel (gigantesca nuvem molecular W3)
O observatório espacial Herschel da ESA nos conta a história de como estrelas massivas estão nascendo nesta região.
A W3 é uma gigantesca nuvem molecular contendo um enorme berçário estelar e que está localizada a aproximadamente 6.200 anos-luz de distância da Terra no Braço Perseus, um dos braços espirais da nossa Via Láctea.
Se espalhando por quase 200 anos-luz, a W3 é um dos maiores complexos de formação de estrelas na parte externa da Via Láctea, abrigando a formação de estrelas tanto de pequena massa como de grande massa. A distinção é estabelecida em oito vezes a massa do nosso Sol: acima desse limite, as estrelas terminam suas vidas como supernovas.
© ESA (descrição das regiões da W3)
Densos e brilhantes nós azuis de poeira quente marcam a formação de estrelas massivas dominando a parte superior esquerda da imagem em duas regiões mais jovens na cena: a W3 Principal e a W3 (OH), localizadas entre a IC 1795. A radiação extrema fluindo para longe das recém formadas estrelas aquecem o gás e a poeira ao redor fazendo com que ela brilhe intensamente para os olhos do Herschel sensíveis ao infravermelho.
As estrelas de grande massa, mais velhas são também vistas aquecendo a poeira e o seu ambiente, aparecendo como regiões azuis codificadas como AFGL 333, na parte inferior esquerda da versão anotada da imagem, e o loop KR 140, na parte inferior direita.
Redes extensivas de um gás e de uma poeira muito mais frios permeiam a cena na forma de filamentos vermelhos e em estruturas em forma de pilar. Alguns desses núcleos frios possuem formação de estrela de baixa massa, marcados pelos nós amarelos de emissão.
Estudando as duas regiões de formação de estrelas massivas, a W3 Principal e a W3 (OH), os cientistas tem feito progresso em resolver um dos maiores desafios no nascimento de estrelas massivas. Esse mistério é, por que, mesmo durante sua formação, a radiação é expelida para fora dessas estrelas de modo tão poderoso que elas devem empurrar para fora grande quantidade de material de que elas estão se alimentando. Se esse é o caso como podem as estrelas massivas se formarem?
As observações da W3 indicam uma possível solução: nessas regiões muito densas, parece existir um processo contínuo pelo qual o material bruto se move ao redor, comprimido e confinado, sob a influência de aglomerados de protoestrelas massivas e jovens.
Através dessa radiação forte e dos poderosos ventos, as populações das estrelas jovens de grande massa podem ser capazes de gerar e manter aglomerados localizados de material dos quais elas podem continuamente se alimentarem durante seus anos caóticos iniciais, apesar da incrível saída de energia.
Fonte: ESA