O Brasil vai sediar em agosto de 2024 a 17ª Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA) e o Observatório Nacional (ON), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), é a entidade responsável pela coordenação do evento.
© ON (IOAA 2024)
A 17ª IOAA será realizada em Vassouras e Barra do Piraí, interior do estado do Rio de Janeiro, entre os dias 17 e 27 de agosto de 2024.
A IOAA 2024 do Brasil receberá equipes de estudantes de 57 países. A Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica, estabelecida na Tailândia em 2006 é uma competição anual com foco em estudantes do ensino médio e é realizada a cada edição em um país diferente. Participam da IOAA equipes representando seus respectivos países, formadas por até cinco alunos e dois professores.
O objetivo dessa competição é fomentar o conhecimento e a paixão pela astronomia e astrofísica, bem como promover um intercâmbio cultural entre os estudantes dos mais diversos países.
O Observatório Nacional, enquanto entidade organizadora do evento, definiu a "sustentabilidade" como mote para a IOAA 2024, uma escolha que representa a crescente preocupação global com o meio ambiente e o papel da ciência na busca por soluções sustentáveis.
O Brasil participa da IOAA desde 2007. As equipes que representam o Brasil na IOAA e na OLAA (Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica) são formadas por meio de um processo seletivo rigoroso e transparente organizado pelo Comitê Organizador da OBA (Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica), envolvendo milhares de estudantes no Brasil inteiro. Um diferencial da equipe brasileira é a presença obrigatória de meninas, formando uma equipe mista. Embora essa não seja uma exigência da IOAA, a OLAA adota essa política, e o Brasil decidiu implementá-la também em sua equipe da IOAA para promover a diversidade e incentivar a participação feminina em Olimpíadas de Conhecimento.
O Brasil voltará a sediar IOAA após 12 anos. Em 2012, o Observatório Nacional foi um dos organizadores da 6ª IOAA com 28 países participantes, primeira olimpíada internacional de conhecimento realizada no Brasil, e foi uma experiência maravilhosa fazer parte do Comitê Organizador”, destacou a Dra. Josina Nascimento, coordenadora do Comitê Brasileiro da IOAA 2024, gestora da Divisão de Comunicação e Popularização da Ciência do ON e membro da Comissão Organizadora da OBA.
O anúncio do Brasil como país-sede da 17ª IOAA foi feito ao final da cerimônia de encerramento da IOAA 2023, realizada em Chorzów, na Polônia. O anúncio foi recebido com entusiasmo, marcando a concretização da candidatura brasileira para sediar a prestigiosa competição. A escolha do Brasil como anfitrião da IOAA 2024 reflete o compromisso do país com a promoção da ciência e da educação, além de representar uma oportunidade única para destacar o talento e a paixão dos jovens brasileiros pela astronomia e astrofísica em um cenário internacional.
Na edição da IOAA do ano passado, o Brasil conquistou duas medalhas de ouro, duas medalhas de prata, uma menção honrosa e prêmio pela melhor prova de grupo.
O Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA) estará se unindo ao Observatório Nacional visando promover a competição e fortalecer a astronomia brasileira, inspirando jovens talentos e impulsionando o desenvolvimento científico do país. Fundado em 1985, o LNA é um instituto de pesquisas do MCTI que planeja, desenvolve e coordena os meios e a infraestrutura para a astronomia observacional brasileira. Foi o primeiro dos laboratórios nacionais instalados no Brasil e desempenha um papel fundamental no desenvolvimento científico e tecnológico do país.
Uma das ações de destaque dessa parceria será a observação remota que o LNA proporcionará aos participantes da IOAA na noite do dia 25 de agosto, a última antes da cerimônia de encerramento. Através do Observatório do Pico dos Dias (OPD), localizado em Brazópolis, Minas Gerais, os jovens astrônomos terão a oportunidade de realizar observações astronômicas virtuais utilizando equipamentos como o maior telescópio em território brasileiro com um espelho de 1,60 metros, expandindo seus conhecimentos e experiências práticas na área.
"Essa é uma oportunidade excelente para os alunos da IOAA vivenciarem como os astrônomos profissionais utilizam instrumentos de alta tecnologia para coletar os dados observacionais que lhe permitirão fazer descobertas científicas que nos permitem compreender melhor o nosso Universo", comenta Wagner Corradi, diretor do LNA.
Fonte: Observatório Nacional