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sábado, 11 de maio de 2024

Tempestades solares intensas

O Solar Dynamics Observatory (SDO) da NASA registrou duas intensas tempestades geomagnéticas nesta sexta-feira (10) às 22h23 (BRT) e neste sábado às 8h44. As explosões solares continuarão acontecendo até este domingo (12).

© SDO (explosões solares classe X)

As erupções são classificadas como erupções das classes X5.8 e X1.5, respectivamente. A imagem mostra um subconjunto de luz ultravioleta extrema que destaca o material extremamente quente em explosões criadas a partir de uma mistura dos canais AIA 193, 171 e 131 do SDO. Durante os últimos dias, a mancha solar gigante AR3664 disparou várias erupções que produziram ejeções de massa coronal.

Os fenômenos de classe X demonstram explosões mais intensas e o número classifica sua força. Dependendo de como impacta a Terra, essas tempestades podem interromper as comunicações, a energia elétrica, a navegação e as operações de rádio e satélite. Este fenômeno acontece quando há explosões no Sol com influência do campo magnético que expele plasma, ejetando massa coronal para o espaço. 

Elas causam tempestades geomagnéticas quando são direcionadas à Terra, gerando auroras na atmosfera terrestre, que neste incidente foram vistas em vários locais no hemisfério Norte (aurora boreal) e hemisfério Sul (aurora austral).

© AFP (aurora boreal)

A fotografia mostra a aurora boreal registrada em Fusch an der Großglocknerstraße na Áustria.

A maior tempestade solar registrada foi o "evento de Carrington", de 1859, que destruiu a rede telegráfica nos Estados Unidos, provocou descargas elétricas e a aurora boreal foi visível em latitudes inéditas, até a América Central.

As tempestades solares podem impactar algumas tecnologias usadas na superfície do planeta. Embora nem todas as tempestades solares causem grandes impactos, aquelas consideradas intensas podem afetar as operações de comunicação. 

As tempestades solares podem afetar os satélites e outras naves espaciais em órbita, alterando sua orientação ou potencialmente desativando seus componentes eletrônicos. As interações com a ionosfera podem bloquear ou degradar as transmissões de rádio. O clima espacial severo pode comprometer as redes elétricas, causando interferência no controle de tensão e sistemas de proteção.

Fonte: NASA

domingo, 2 de junho de 2019

Uma erupção estelar gigante detectada pela primeira vez

Uma erupção estelar gigante foi detectada pela primeira vez numa estrela.


© NASA/SDO (ejeção de massa coronal no Sol)

A imagem acima mostra uma ejeção de massa coronal (CME) do nosso Sol, conforme observado pelo Solar Dynamics Observatory (SDO) da NASA em 31 de agosto de 2012.

Uma ejeção de massa coronal de uma estrela envolve uma expulsão em grande escala de material e têm sido frequentemente observados no Sol. Um novo estudo usando o observatório de raios X Chandra da NASA detectou uma CME de uma estrela diferente, fornecendo uma nova visão sobre esses fenômenos poderosos. Como o nome indica, esses eventos ocorrem na coroa, que é a atmosfera externa de uma estrela.

Esta CME extrassolar foi vista a partir de uma estrela chamada HR 9024, localizada a cerca de 450 anos-luz da Terra. Isso representa a primeira vez que os pesquisadores identificaram e caracterizaram completamente uma CME de uma estrela diferente do Sol. Este evento foi marcado por um intenso clarão de raios X, seguido pela emissão de uma bolha gigante de plasma, isto é, gás quente contendo partículas carregadas.

Os resultados confirmam que as CMEs são produzidas em estrelas magneticamente ativas e também abrem a oportunidade de estudar sistematicamente esses eventos dramáticos em outras estrelas que não o Sol.

O High-Energy Transmission Grating Spectrometer (HETGS), a bordo do Chandra é o único instrumento que permite medições dos movimentos de plasmas coronais com velocidades de apenas algumas dezenas de milhares de quilômetros por hora, como aquelas observadas na HR 9024.

As observações do Chandra detectaram claramente material muito quente (entre 10 e 25 milhões de graus Celsius) que primeiro sobe e depois cai com velocidades entre 362 mil e 145 milhões de km por hora. Isto está em excelente concordância com o comportamento esperado do material ligado ao alargamento estelar.

Um artigo descrevendo este estudo foi publicado na Nature Astronomy.

Fonte: Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics