Astrônomos anunciaram que desvendaram a origem de uma classe de objetos cósmicos que vinha intrigando a ciência: as estrelas errantes azuis.
Por serem portadoras de uma massa muito maior do que se previa para astros de sua categoria, seu mecanismo de formação não era bem entendido. Agora, dois estudos mostram que elas surgem tanto de colisões estelares quanto de sistemas em que uma estrela suga material de outra aos poucos.
© B.R. Carlsen/Universidade de Wisconsin
O enigma das errantes azuis é que elas aparentam ter uma idade menor do que efetivamente possuem, um valor que pode ser inferido a partir da idade de outras estrelas próximas. Outra estrelas gigantes azuis em geral morrem e perdem brilho antes de suas "irmãs" nascidas num mesmo aglomerado, pois astros mais maciços consomem mais rápido seu material interno por meio de fusão nuclear.
Algumas errantes azuis, porém, chegam a ter 7 bilhões de anos, e são mais velhas até do que o Sol, que tem 5 bilhões.
Para explicar isso, cientistas vinham debatendo havia tempos as hipóteses da colisão e da matéria sugada. Esses eventos dariam a estrelas de vida curta um suprimento extra de matéria para fusão nuclear, prolongando assim seu tempo de brilho. Mas ninguém conseguia dizer qual das duas coisas estava efetivamente ocorrendo.
Em um par de estudos hoje na revista "Nature", astrofísicos da Universidade de Bolonha (Itália) e da Universidade de Wisconsin-Madison (EUA) mostram que uma hipótese não exclui a outra. Francesco Ferraro, autor principal do trabalho italiano, analisou diversas errantes azuis e descobriu que aquelas de tom azulado mais acentuado são as formadas em colisões. As outras, mais avermelhadas, surgem quando a gravidade de uma estrela rouba massa de outra próxima.
Fonte: Nature
legal!
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