A nave Mars Express, da ESA (agência espacial européia), passou ontem (03/03/2010) bem próximo da maior lua de Marte, Phobos. A nave passou a uma altitude de 67 Km, e um sistema de rastreamento na frequência das ondas de rádio possibilitará aos investigadores espreitarem a lua misteriosa. A Mars Express deve fazer 12 aproximações a Phobos. Em cada vez, serão apontados diferentes instrumentos ao misterioso rochedo, para colher várias informações sobre o objeto.
© ESA (Phobos)
Perto de Phobos, a nave será desviada da rota pelo campo gravitacional da lua. O desvio será de apenas alguns milímetros por segundo e não afetará a missão de nenhuma forma. No entanto, permitirá uma visão única do interior da lua e de como a sua massa está distribuída.
Durante esta medição extremamente sensível todos os sinais da nave serão desligados. O sinal de rádio que transporta os dados será o único a ser captado pelas estações em terra.
Sem dados para transmitir, a única alteração ao sinal será causada pela mudança de frequência provocada por Phobos. As alterações serão da ordem de uma parte num trlhão e são manifestações do efeito de Doppler, o mesmo efeito que faz mudar o som de uma sirene de ambulância quando se aproxima ou se afasta.
Além da experiência Mars Radio Science (MaRS), o radar MARSIS já andou inspecionando a superfície de Phobos com feixes de radar. "Já procedemos um processamento de dados preliminares e a assinatura de Phobos é evidente em quase todos os dados", diz Andrea Cicchetti, do Instituto Italiano de Física do Espaço Interplanetário e membro da equipe MARSIS.
A camera, HRSC, será usada na aproximação de 7 de Março de 2010, quando a Mars Express passar pela face iluminada de Phobos a uma altitude de 107 Km e continuará a ser utilizada nas passagens subsequentes, obtendo imagens de alta resolução da superfície da lua. Os outros instrumentos também serão postos em funcionamento.
ASPERA já está a estudando a forma como as partículas carregadas do Sol interagem com a superfície de Phobos. SPICAM, PFS, OMEGA estão caracterizando a superfície da lua, com o PFS, tentando medir a temperatura de Phobos, nos lados iluminado e escuro. O HRSC prestará particular atenção ao local proposto para a aterragem da missão russa Phobos-Grunt, que deverá ser lançada em 2011/12.
"Todas as experiências na Mars Express dizem algo sobre Phobos", diz Olivier Witasse, cientista de projeto na missão da ESA. Isto é um bônus para a ciência, tendo em conta que nenhuma delas tinha sido concebida para o estudo de Phobos, apenas do planeta Marte. Os resultados científicos destas passagens deverão estar disponíveis nas semanas ou meses seguintes, quando as várias equipes tiverem tido tempo para analisar os dados.
Fonte: ESA
Durante esta medição extremamente sensível todos os sinais da nave serão desligados. O sinal de rádio que transporta os dados será o único a ser captado pelas estações em terra.
Sem dados para transmitir, a única alteração ao sinal será causada pela mudança de frequência provocada por Phobos. As alterações serão da ordem de uma parte num trlhão e são manifestações do efeito de Doppler, o mesmo efeito que faz mudar o som de uma sirene de ambulância quando se aproxima ou se afasta.
Além da experiência Mars Radio Science (MaRS), o radar MARSIS já andou inspecionando a superfície de Phobos com feixes de radar. "Já procedemos um processamento de dados preliminares e a assinatura de Phobos é evidente em quase todos os dados", diz Andrea Cicchetti, do Instituto Italiano de Física do Espaço Interplanetário e membro da equipe MARSIS.
A camera, HRSC, será usada na aproximação de 7 de Março de 2010, quando a Mars Express passar pela face iluminada de Phobos a uma altitude de 107 Km e continuará a ser utilizada nas passagens subsequentes, obtendo imagens de alta resolução da superfície da lua. Os outros instrumentos também serão postos em funcionamento.
ASPERA já está a estudando a forma como as partículas carregadas do Sol interagem com a superfície de Phobos. SPICAM, PFS, OMEGA estão caracterizando a superfície da lua, com o PFS, tentando medir a temperatura de Phobos, nos lados iluminado e escuro. O HRSC prestará particular atenção ao local proposto para a aterragem da missão russa Phobos-Grunt, que deverá ser lançada em 2011/12.
"Todas as experiências na Mars Express dizem algo sobre Phobos", diz Olivier Witasse, cientista de projeto na missão da ESA. Isto é um bônus para a ciência, tendo em conta que nenhuma delas tinha sido concebida para o estudo de Phobos, apenas do planeta Marte. Os resultados científicos destas passagens deverão estar disponíveis nas semanas ou meses seguintes, quando as várias equipes tiverem tido tempo para analisar os dados.
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