Pela primeira vez, cientistas utilizando o Telescópio Espacial Hubble conseguiram tirar vantagem de uma lente de aumento espacial, um enorme aglomerado de galáxias cuja gravidade concentra a luz emitida por corpos mais afastados, para obter informações sobre a natureza da misteriosa energia escura que está acelerando a expansão do Universo.
© NASA/ESA (lente gravitacional de Abell 1689)
Os cálculos feitos a partir dos dados do Hubble, juntamente informações obtidas por outros meios, aumentou de forma significativa a precisão das medições da energia escura, diz nota divulgada pelos responsáveis pelo telescópio espacial.
Cientistas não sabem o que a energia escura é, mas sabem que ela é o principal componente do Universo, cerca de 72%. A matéria escura, perfaz 24% e também é misteriosa, mas mais fácil de estudar, porque influencia gravitacionalmente a matéria comum, que responde por apenas 4%.
No novo estudo, a equipe de cientistas usou imagens do Hubble para analisar um grande aglomerado de galáxias, Abell 1689. A gravidade do aglomerado faz com que galáxias localizadas no pano de fundo apareçam em imagens múltiplas e distorcidas.
Usando essas imagens distorcidas, cientistas foram capazes de determinar como a luz das galáxias do pano de fundo foi distorcida pelo aglomerado, uma característica que depende das propriedades da energia escura. O método também depende de medições, feitas aqui na Terra, da distância que nos separa dessas galáxias e da velocidade com que elas se afastam de nós.
Fonte: Science
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