Os astrônomos das universidades de Warwick e de Sheffield, ambas no Reino Unido, afirmam ter descoberto um raro sistema planetário em uma estrela binária.
© Mark A. Garlick (ilustração do sistema de NN Serpentis)
A estrela binária NN Serpentis é formada por uma estrela anã vermelha e uma anã branca que orbitam uma a outra e estão muito próximas, o que diminui o tempo de órbita; se elas estivessem no lugar do nosso Sol, veríamos a anã vermelha, que é maior, eclipsar a branca a cada três horas e sete minutos.
Já se acreditava que pelo menos um planeta orbitava NN Serpentis. Contudo, um estudo desses constantes eclipses registrou um padrão de pequenas, mas significantes irregularidades na órbita das estrelas e indicou a presença de dois planetas gigantes gasosos. Um deles com seis vezes a massa de Júpiter e com uma órbita de 15,5 anos ao redor da estrela binária. O outro, acreditam os astrônomos, tem 1,6 vezes a massa do nosso maior planeta e leva 7,75 anos para terminar sua órbita.
A descoberta de planetas já se tornou mais comum, são conhecidos pelo menos 490 fora do Sistema Solar. Contudo, poucos sistemas planetários são conhecidos em estrelas binárias.
Se estes planetas nasceram com suas estrelas, eles devem ter sobrevivido a um evento dramático há milhões de anos: quando a estrela primária original inchou e se transformou em uma vermelha gigante, fazendo a estrela secundária penetrar nesta estreita órbita atual, e assim lançando a maior parte da massa da primária. Outra possibilidade é que os planetas tenham se formado da massa ejetada pela estrela.
No Universo mais da metade das estrelas são binárias, e os planetas destes sistemas podem ser muito jovens e brilhantes possibilitando captar diretamente a luz deles.
Fonte: Astronomy & Astrophysics
Nenhum comentário:
Postar um comentário