O telescópio espacial Hubble forneceu-nos neste final de ano uma imagem espetacular do anel de formação estelar brilhante que circunda o coração da galáxia espiral barrada NGC 1097.
© Hubble (galáxia NGC 1097)
Na imagem acima, a estrutura de maior escala da galáxia quase não é vista, ou seja, seus braços espirais comparativamente apagados, que circulam a parte central de forma solta, chegam até além da borda dessa moldura.
Essa galáxia, observada por nós na Terra frontalmente, localiza-se a aproximadamente 45 milhões de anos-luz de distância na constelação do céu do hemisfério Sul de Fornax, a Fornalha, e é particularmente interessante aos astrônomos. A NGC 1097 é uma galáxia do tipo Seyfert. Bem no centro da galáxia, um buraco negro supermassivo com massa 100 milhões de vezes a massa do Sol está de forma gradativa sugando a matéria ao seu redor. A área imediatamente ao redor do buraco negro brilha de forma intensa com a radiação proveniente do material que cai em sua direção.
O distinto anel ao redor do buraco negro está explodindo com novas estrelas em formação devido ao influxo de material em direção a barra central da galáxia. Essas regiões de formação de estrelas estão brilhando intensamente graças à emissão das nuvens de hidrogênio ionizado. O anel tem aproximadamente 5.000 anos-luz de diâmetro, embora os braços espirais da galáxia se estendem por dezenas de milhares de anos-luz além.
A NGC 1097 é também um interessante alvo para os caçadores de supernovas. Na galáxia houve a ocorrência de três supernovas, em onze anos entre 1992 e 2003. Essa é definitivamente uma galáxia que foge dos padrões.
Contudo, o que é realmente excitante sobre a NGC 1097 é que ela não está vagando de forma solitária no espaço. Ela possui duas pequenas galáxias companheiras que dançam no espaço.
As galáxias satélites são a NGC1097A, uma galáxia elíptica orbitando a NGC 1097 a uma distância aproximada de 42.000 anos-luz do seu centro, e uma pequena galáxia anã denominada NGC 1097B. Ambas as galáxias estão localizadas além dos limites da imagem acima e não podem ser vistas. Os astrônomos possuem indicações que a NGC 1097 e a NGC 1097A se interagiram no passado.
Fonte: NASA
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