O redemoinho de poeira preenchendo a galáxia de Andrômeda se destaca de maneira colorida nessa nova imagem feita pelo observatório espacial Herschel.
© Herschel (galáxia de Andrômeda)
O brilho visto aqui vem dos comprimentos de onda mais longos, ou da parte mais distante final do espectro infravermelho, dando assim aos astrônomos a chance de identificar a parte empoeirada mais fria da nossa vizinha galáxia. Esse comprimento de onda da luz se espalha de 250 a 500 mícron, que é aproximadamente um quarto da metade de um milímetro. A habilidade do Herschel de detectar a luz permite aos astrônomos observarem nuvens de poeira que estão a temperaturas de somente algumas dezenas de graus acima do zero absoluto. Essas nuvens são escuras e opacas nos comprimentos de onda mais curtos. A visão do Herschel também destaca partes empoeiradas entre os anéis concêntricos.
As cores na imagem acima foram realçadas para fazer com que fosse mais fácil vê-las, mas elas refletem as variações reais no dado. As nuvens mais frias são mais brilhantes nos comprimentos de onda mais longos, e são coloridas em vermelho aqui, enquanto que as mais quentes são tingidas de azul na imagem acima.
Esses dados integrados com os dados obtidos por outros observatórios, revelam que outras propriedades da poeira além simplesmente da temperatura, estão afetando a cor infravermelha da imagem. Aglomerações de grãos de poeira, ou mantos de gelo crescidos nos grãos em direção às partes mais externas da galáxia parecem contribuir para essas sutis variações nas cores.
Essas observações foram feitas pelo instrumento do Herschel, chamado de Spectral and Photometric Imaging Receiver (SPIRE). Os dados foram processados como parte de um projeto para melhorar os métodos de gerar mosaicos a partir das observações feitas com o SPIRE. A luz com um comprimento de onde de 250 mícron é renderizada em azul, a luz com 350 mícron em verde e a de 500 mícron em vermelho. A saturação das cores foi realçada para mostrar as pequenas diferenças nesses comprimentos de onda.
© Herschel (a fria galáxia de Andrômeda)
Nessa nova imagem da galáxia de Andrômeda feita pelo observatório espacial Herschel, linhas frias de formação de estrelas são reveladas com os maiores detalhes até hoje já vistos.
A galáxia de Andrômeda, também conhecida como M31, é a maior galáxia próxima da nossa Via Láctea, a uma distância de 2,5 milhões de anos-luz, fazendo dela um laboratório natural ideal para se estudar a formação das estrelas e a evolução da galáxia.
Sensível à luz do infravermelho distante vinda da fria mistura entre gás e poeira, o Herschel procura por nuvens de gás onde as estrelas nascem.
As regiões mais quentes como o bulbo central densamente povoado, sendo o lar de estrelas mais velhas, aparecem em azul.
Estruturas intrigantes estão presentes através dos 200000 anos-luz da extensão da galáxia com zonas de formação de estrelas organizadas em braços espirais e no mínimo cinco anéis concêntricos intercalados com vazios escuros onde a formação de estrelas está ausente.
A galáxia de Andrômeda abriga algumas centenas de bilhões de estrelas e mostra claramente que muito mais estrelas estão sendo geradas.
Fonte: NASA e ESA
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