Dois grandes planetas do tamanho de Júpiter estão entre os mundos alienígenas mais velhos já descobertos.
© UMN/LCSE (exoplanetas se formando ao redor de estrela vermelha)
Eles foram descobertos em 2012 orbitando uma estrela localizada a 375 anos-luz de distância da Terra, que irá em breve se transformar em uma gigante vermelha. “A própria Via Láctea ainda não está completamente formada”, disse Johny Setiawan, do Max-Planck Institute for Astronomy em Heidelberg, na Alemanha. Durante uma pesquisa usando a técnica de velocidade radial, onde os astrônomos observam por oscilações periódicas na luz da estrela devido a força gravitacional de corpos que a orbitam, Setiawan e seus colegas descobriram as assinaturas de dois planetas orbitando a estrela, chamada de HIP 11952.
Com uma idade estimada de 12,8 bilhões de anos, a estrela hospedeira e seus planetas, muito provavelmente se formaram no alvorecer do Universo, menos de um bilhão de anos depois do Big Bang. Com base no cálculo feito pela equipe, um exoplaneta é quase tão massivo quanto Júpiter e completa a sua órbita em aproximadamente sete dias. O outro exoplaneta tem cerca de três vezes a massa de Júpiter e tem um período orbital de nove meses e meio.
“Normalmente os planetas se formam pouco depois da formação da estrela. Planetas de segunda geração podem também se formar depois da estrela morta, mas isso ainda se encontra em debate”, disse Setiawan.
A descoberta indica que a formação do planeta no início do Universo foi possível apesar do fato das estrelas existentes naquela época possuírem uma deficiência de elementos mais pesados do que o hidrogênio e o hélio, o que vai contra a vastamente aceita teoria do modelo do crescimento, que diz que os elementos mais pesados são necessários para formar os planetas. No caso da HIP 11952, sua abundância em ferro é somente um por cento daquela existente no Sol.
A teoria do crescimento tem por muito tempo tido o suporte de observações: A maior parte das estrelas que abrigam planetas e que foram descobertas até o momento são relativamente jovens e possuem uma quantidade moderada de metais, mas os astrônomos pensam que o modelo de crescimento esteja correto pois os caçadores de planetas usando os dados da missão Kepler têm observado na maior parte das vezes estrelas jovens e parecidas com o Sol.
Para verificar essa questão é necessário fazer uma busca de planetas ao redor de estrelas mais velhas e pobres em metal, completa Setiawan.
Um artigo foi publicado no periódico Astronomy & Astrophysics.
Fonte: Daily Galaxy
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