Essa galáxia, denominada ESO 162-17, encontra-se localizada a cerca de 40 milhões de anos-luz de distância da Terra, na direção da constelação da Carina.
© Hubble (galáxia ESO 162-17)
Olhando rapidamente, ela parece uma galáxia tradicional, com linhas escuras de poeira, e partes com jovens estrelas azuis. Porém, se olharmos mais de perto e em detalhe, essa galáxia pode nos revelar alguns aspectos peculiares.
Primeiro, a ESO 162-17 é o que chamamos de uma galáxia peculiar, uma galáxia que passou por interações com seus vizinhos cósmicos, resultando numa quantidade incomum de gás e poeira, uma forma irregular, ou uma composição estranha.
Um segundo ponto a ser considerado, em 23 de Fevereiro de 2010, os astrônomos observaram a supernova conhecida como SN 2010ae dentro dessa galáxia. A supernova pertence a uma classe recentemente descoberta de supernovas, chamada de Tipo Iax. Essa classe de objetos está relacionada com o tipo melhor conhecido, ou seja, as supernovas do Tipo Ia.
As supernovas do Tipo Ia, surgem quando uma estrela do tipo anã branca acumula massa suficiente de uma estrela companheira ou, raramente, de uma colisão com outra anã branca, iniciando assim um colapso catastrófico seguindo de uma explosão espetacular como supernova. As supernovas do Tipo Iax também desenvolvem uma anã branca como estrela central, mas nesse caso ela pode sobreviver ao evento explosivo. As supernovas do Tipo Iax são muito mais apagadas e mais raras do que as supernovas do Tipo Ia, e o exato mecanismo de como funcionam ainda é questão de debate.
A forma exuberante de quatro pontas de estrelas em primeiro plano distribuídos ao redor da ESO 162-17 também chama a atenção. Isso é um efeito óptico introduzido à medida que a luz que está entrando no Hubble é difratada pelas quatro armações que suportam o espelho secundário do telescópio espacial Hubble.
Fonte: ESA
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