Uma equipe de astrônomos da Universidade de Southampton, no Reino Unido, descobriu 73 eventos muito brilhantes e que acontecem de forma muito rápida, e ainda estão tentando explicar a sua origem.
© M. Pursiainen/DES Collaboration (transiente em rápida evolução)
O mosaico acima mostra imagens de um dos transientes em rápida evolução, de 8 dias antes do brilho máximo para 18 dias depois. Esta explosão ocorreu a uma distância de 4 bilhões de anos-luz.
Miika Pursiainen do Departamento de Física e Astronomia da Universidade de Southampton e outros pesquisadores descobriram os transientes de rápida evolução nos dados do projeto Dark Survey Supernova Programme (DES-SN). Este projeto procura por supernovas, a explosão de estrelas massivas no final de suas vidas. Uma explosão de supernova pode brevemente ser tão brilhante como toda uma galáxia, que é formada por centenas de bilhões de estrelas.
Os fenômenos do tipo transiente de rápida evolução são muito peculiares, ou seja, enquanto eles têm um brilho máximo similar a diferentes tipos de supernovas, eles são visíveis por menos tempo, entre uma semana e um mês. Em contraste com as supernovas que podem durar até meses.
Os eventos parecem serem quentes, com temperaturas entre 10.000 e 30.000 graus Celsius, tendo centenas de vezes o tamanho entre a Terra e o Sol. Eles também parecem se expandir e resfriarem à medida que evoluem com o tempo, como seria esperado num evento explosivo como uma supernova.
Um cenário possível é que a estrela expele uma grande quantidade de material antes da explosão de supernova, e em casos extremos ela poderia ser completamente envelopada por uma concha de matéria.
A supernova por si só, pode então aquecer o material ao redor até altas temperaturas. Neste caso é possível ver a nuvem quente, ao invés da própria estrela explodindo.
Para confirmar qualquer uma destas hipóteses, os pesquisadores precisam de mais dados. Os astrônomos planejam continuar a pesquisa pelos transientes, e tentar estimar o quão frequente eles são comparados com as supernovas.
Os resultados desta pesquisa foram apresentados na European Week of Astronomy and Space Science (EWASS) que está acontecendo em Liverpool, no Reino Unido.
Fonte: University of Southampton
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