Astrônomos da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, criaram uma técnica para poder registrar imagens de planetas fora do Sistema Solar e que ficavam "escondidos" no brilho de sua estrela.
© ESO (planeta Beta Pictoris b visto através do coronógrafo)
Até hoje, poucas são as imagens de exoplanetas, já que, geralmente, eles são descobertos por outros métodos, por exemplo, a variação de brilho de uma estrela causada pela passagem de um planeta em frente a ela. Contudo, foi criado um coronógrafo, ou seja, uma lente com um padrão desenhado em sua superfície e que bloqueia a luz estelar de uma maneira muito específica, permitindo o registro do planeta.
O padrão criado pelos pesquisadores permite a diminuição da intensidade do halo através da difração da luz e mantém intacta a imagem da estrela.
Os astrônomos conseguiam registrar imagens apenas de planetas que estivessem a uma distância de sua estrela equivalente à de Netuno ao Sol, ou seja 30 UA (unidades astronômicas) ou 30 vezes a distância da Terra ao Sol, antes do desenvolvimento da lente. As demais ficavam "escondidas" no brilho da estrela.
O primeiro feito da nova lente foi o registro de Beta Pictoris b, que tem massa entre sete e 10 vezes maior que a de Júpiter e que orbita Beta Pictoris a uma distância de 7 UA.
A nova técnica possibilita ainda a descoberta de planetas de pequena massa, já que a grande maioria dos encontrados até hoje eram de gigantes gasosos.
A lente agora está sendo implementada no Telescópio VLT que fica no Chile e é operado pelo ESO (Observatório Europeu do Sul).
Esta técnica abre novas portas para a descoberta planetária.
Fonte: ESO
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