A Nasa anunciou que está encerrando as atividades do satélite Wilkinson Microwave Anisotropy Probe, ou WMAP, que realizou um mapeamento do radiação cósmica de fundo de micro-ondas, muitas vezes descrito como o brilho do Big Bang, e que permitiu a obtenção da mais precisa estimativa da idade do Universo: 13,75 bilhões de anos, com margem de erro de 1%.
© NASA (mapa celeste obtido pela sonda WMAP)
O WMAP opera desde 2001 e os cientistas ainda estão ocupados analisando os dados levantados nesse período. O satélite foi criado para oferecer a visão mais detalhada possível das diferenças de temperatura da radiação cósmica de fundo de micro-ondas, que havia sido descoberto na década de 90 por outro satélite, o Cobe.
O WMAP fez sua última leitura de dados em 20 de agosto e, em 8 de setembro, disparou os foguetes que o tiraram de sua órbita de trabalho e o colocaram numa órbita estacionária, ao redor do Sol.
O satélite detecta os vestígios da luz do Universo primordial, um padrão congelado no espaço quando o cosmo tinha apenas 380.000 anos. À medida que o Universo se expandia ao longo dos 13 bilhões de anos seguintes, essa luz vestigial foi esticada até atingir o comprimento de micro-ondas.
O WMAP mostrou que os átomos do tipo que compõe a matéria comum encontrada em planetas e estrelas correspondem a apenas 4,6% do Universo atual, e que a maior parte do cosmo é feita de duas entidades ainda incompreendidas.
A matéria escura, que perfaz 23% do Universo, é um material que ainda não foi detectado em laboratórios, embora seus efeitos sejam notados em escala cósmica. A energia escura é uma entidade que atua de forma oposta à gravidade e pode ser uma propriedade do espaço vazio. O WMAP confirmou sua existência e determinou que preenche 72% do cosmo.
Fonte: NASA
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