Uma equipe de astrônomos japoneses acredita ter descoberto a forma de uma supernova, explosão que ocorre quando a vida de uma estrela massiva chega ao fim.
© NAOJ (ilustração da estrutura de uma supernova em 3D)
O grupo afirma que as estrelas explodem em três dimensões, contrariando a teoria difundida de explosão bipolar. As observações foram feitas pela câmera e espectrógrafo óptico de objetos fracos (FOCAS) do telescópio Subaru do Observatório Astronômico Nacional do Japão (NAOJ) no Havaí.
A supernova ocorre quando estrelas de massa superior a oito massas solares terminam suas vidas com uma explosão brilhante. A explosão resultante e a ejeção massiva de elementos enriquece a composição química do Universo, e acredita-se que possam espalhar ingredientes para a existência de vida. No entanto, os pesquisadores sabem pouco sobre como essas explosões ocorrem.
A teoria diz que as explosões aconteceriam de uma das duas formas: ou seriam explosões bipolares causada por rotação, ou explosões granulosas em três dimensões, impulsionadas por convecção. As últimas pesquisas indicam que a teoria tridimensional estaria correta.
Embora pareça fácil ver a forma de uma supernova simplesmente tirando uma fotografia dela, observá-la é uma tarefa desafiadora. Como a maioria das supernovas acontecem em galáxias a milhões, ou centena de milhões de anos-luz de distância, elas ficam parecidas com um ponto, ainda que elas se expandam em uma velocidade de 10 mil km/s.
A equipe japonesa usou um método especial de detecção para revelar a forma da supernova. Os astrônomos mediram a chamada "polarização", que fornece informações sobre a direção da vibração de ondas eletromagnéticas de vários tipos de explosões. Foram realizadas simulações numéricas para emissões, baseadas no que se sabe sobre supernovas, descobrindo padrões diferentes de polarização para explosões bipolares e granulosas.
Os astrônomos detectaram a polarização dos dois tipos de supernova, o que indicou que as supernovas não são, normalmente, redondas. Eles também descobriram que cada uma tem vários ângulos de polarização, o que consiste com a teoria das explosões em 3D.
Fonte: NAOJ
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