A fotografia colorida abaixo parece uma pintura abstrata ou mesmo um vitral contemporâneo. Na realidade, trata-se de uma vista incomum de uma galáxia obtida com o novo instrumento MUSE, montado no Very Large Telescope (VLT) do ESO.
© ESO (cromodinâmica galática)
As cores nas imagens astronômicas estão geralmente relacionadas com a cor real do objeto em questão. No entanto, nesta imagem as cores representam o movimento das estrelas que compõem a galáxia elíptica gigante Messier 87 (M87), uma das galáxias mais brilhantes do Aglomerado da Virgem, que se situa a cerca de 50 milhões de anos-luz de distância.
O vermelho indica que as estrelas nessa região do objeto estão, modo geral, se afastando de nós, enquanto o azul significa que as estrelas se aproximam de nós, com o amarelo e o verde no meio.
Este novo mapa da M87 obtido pelo MUSE mostra estas tendências mais claramente do que nunca. O mapa revela uma rotação lenta deste objeto massivo, a região a azul (em cima à esquerda) desloca-se na nossa direção e a região vermelha (embaixo à direita) afasta-se de nós. O mapa mostra também algumas características inesperadas, por exemplo a inversão das cores no centro da imagem, com a cor azulada na parte inferior central e o amarelo-alaranjado na parte superior, o que sugere que a M87 pode ter tido um passado mais dramático do que o que era suposto, podendo bem ser o resultado da fusão de várias galáxias.
Estas observações estão descritas num artigo científico escrito por uma equipe liderada por Eric Emsellem, Chefe do Gabinete de Ciência do ESO, e que será publicado nas cartas da revista da especialidade Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.
Fonte: ESO
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