Uma equipe de astrônomos do National Centre for Radio Astrophysics (NCRA), usando o Giant Metrewave Radio Telescope (GMRT), descobriram uma galáxia extremamente rara de tamanho gigantesco. Este estudo possibilita a previsão de como será o futuro distante do Sistema Solar.
© Prathamesh Tamhane/Yogesh Wadadekar (radiogaláxia com lóbulos de rádio)
Esta é uma imagem óptica da radiogaláxia com lóbulos de rádio (em amarelo-vermelho) supimposed. O buraco negro supermassivo da galáxia vermelho no centro levou à formação dos lóbulos de rádio gigantes.
Esta radiogaláxia gigantesca, localizada a cerca de 9 bilhões de anos-luz de distância da Terra, na direção da constelação de Cetus, emite poderosas ondas de rádio que têm uma extensão de 4 milhões de anos-luz.
Como galáxias com um tamanho óptico de centenas de milhares de anos-luz, produzem emissões de rádio, com alguns milhões de anos-luz de extensão? É dito que a presença de um buraco negro supermassivo no centro de uma galáxia cria jatos de plasma quente de grande escala em direções diametralmente opostas, que eventualmente dão origem a grande lóbulos de onda de rádio. Enquanto que radiogaláxias com tamanho menor que um milhão de anos-luz são bem comuns, radiogaláxias gigantes são extremamente raras, ainda mais em grandes distâncias cósmicas onde somente poucas têm sido descobertas. Esta radiogaláxia recém-descoberta, conhecida cientificamente pelo nome J021659-044920, é o mais novo membro desse grupo de elite.
Sob algumas condições especiais, o buraco negro central pode parar de produzir jatos de ondas de rádio, e então os lóbulos brilhantes em rádio podem se apagar, dentro de poucos milhões de anos, devido à falta de reposição. O que faz a J021659-044920 especial é que ela tem sido registrada na sua fase de morte, onde o jatos de rádio parecem terem sido desligados e os lóbulos estão começando a se apagar. O apagamento dos lóbulos é causado pela perda de energia de duas maneiras: primeira, pela emissão das ondas de rádio que se mostram como gigantescos lóbulos de rádio e, segunda, pela transferência de energia para os fótons da radiação de micro-ondas cósmica de fundo através de um processo conhecido como Espalhamento Comptom Inverso.
Este último mecanismo levou a uma fraca emissão de raios X, que é vista sendo emanada dos lóbulos de rádio dessa galáxia. Esses objetos de rádio morrendo são estudados da melhor forma usando um radiotelescópio de baixa frequência como o GMRT. O GMRT, o maior radiotelescópio do mundo operando nas baixas frequências de rádio é um conjunto de 30 antenas com 45 metros de diâmetro, espalhadas por uma região de mais de 30 quilômetros ao redor de Kodad, perto da cidade de Narayangaon, na parte oeste da Índia. O GMRT foi construído e é operado pelo National Centre for Radio Astrophysics, do Tata Institute of Fundamental Research.
Para suas análises, a equipe combinou as observações feitas pelo GMRT com observações prévias feitas com uma pequena frota de telescópios terrestres e espaciais de todas as partes do mundo, como o XMM-Newton Space Telescope em raios X, o telescópio japonês Subaru na luz óptica, o telescópio infravermelho do Reino Unido no infravermelho próximo, o telescópio espacial Spitzer da NASA no infravermelho médio, e o Jansky Very Large Array dos EUA nas faixas de ondas de rádio de alta frequência. Usando os dados de múltiplos observatórios de forma integrada, foi possível varrer todo o espectro eletromagnético, proporcionando uma análise compreensiva e incrivelmente detalhada das condições físicas ao redor da galáxia. As propriedades do campo magnético na região entre as galáxias no Universo distante podem ser entendidas com essas observações.
Prathamesh Tamhane, um estudante do Indian Institute of Science Education and Research, e seus colegas publicaram suas descobertas no periódico Monthly Notices da Royal Astronomical Society.
Fonte: National Centre for Radio Astrophysics
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