Em silhueta contra um campo estelar lotado ao longo da cauda da constelação aracnídea de Escorpião, esta nuvem cósmica empoeirada evoca para alguns a imagem de uma torre escura ameaçadora.
© Mike Selby (NGC 6231 e a Torre Negra)
Na verdade, aglomerados monstruosos de poeira e gás molecular colapsando para formar estrelas podem muito bem se esconder dentro da nebulosa escura, uma estrutura que se estende por quase 40 anos-luz neste retrato telescópico.
A constelação do Escorpião é povoada com grupos espetaculares individuais de formação de estrelas. Se esses grupos possuem muitas estrelas quentes, e estrelas extremamente luminosas do Tipo-OB, eles são conhecidos como associações OB. As estrelas nesses grupos não estão na sua maioria unidas gravitacionalmente, mas estão se expandindo uma em relação às outras a partir de um centro comum, que presumivelmente marca o seu local de nascimento.
Perto do centro da associação OB do Scorpius, está o aglomerado NGC 6231. Esse grupo de estrelas é gravitacionalmente unido e é muito jovem com uma idade aproximada de 3,5 milhões de anos. O aglomerado também é muito luminoso e a sua radiação e a da estrela ultra luminosa zeta-1 Scorppi (que não aparece nessa imagem, mas está localizado um grau ao sul da imagem) afetando um vasto volume do espaço fazendo com que nuvens negras e empoeiradas ganham vida como nebulosas. Não é nenhuma surpresa encontrar os nomes das associações OB ligadas às regiões mais espetaculares do céu, em Órion, Carina, Cygnus e Pegasus.
A nuvem varrida para trás é moldada pela intensa radiação ultravioleta da associação OB de estrelas muito quentes em NGC 6231, no canto superior direito da imagem. Essa luz ultravioleta energética alimenta o brilho avermelhado do gás hidrogênio que circunda o glóbulo cometário. Estrelas quentes incrustadas na poeira podem ser vistas como nebulosas de reflexão azuladas. Esta torre escura e nebulosas associadas estão a cerca de 5.000 anos-luz de distância da Terra.
Fonte: NASA
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