Um estudo de 15 cientistas da Alemanha e Estados Unidos, liderado por Katrin Stephan, do Instituto de Pesquisa Planetária de Berlim, indica que imagens feitas pela sonda Cassini em junho do ano passado realmente são de um mar na lua Titã, de Saturno, conforme se pensava. As imagens mostram reflexos do Sol no pólo norte da lua.
© NASA (reflexos do Sol em Titã)
Se for confirmada a descoberta, Titã será o único corpo conhecido no sistema solar, fora a Terra, a ter uma superfície estável o suficiente para abrigar substâncias em estado líquido. O mar de Titã, contudo, não é de água. Os cientistas acreditam que ele seja composto de uma mistura de etano e metano e, talvez, nitrogênio líquido a uma temperatura de aproximadamente -184°C.
O estudo indica que o Kraken Mare, nome dado em relação ao gigantesco monstro da mitologia grega imortalizado no filme Fúria de Titãs, teria sido revelado por um fenômeno conhecido como reflexão especular. Assim como nos espelhos, ela ocorre quando os raios que atingem a superfície têm o mesmo ângulo que os refletidos, o que ocorre frequentemente em vidros, líquidos e metais.
As análises de quatro páginas dos cientistas afirmam que as imagens da Cassini mostram reflexão claramente especular, o que sugere "fortemente" que o Kraken Mare existe em estado líquido.
Fonte: NASA e The New York Times
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