A Nebulosa Medusa, também conhecida pelo seu nome oficial IC 443, é o remanescente de uma supernova que encontra-se 5.000 anos-luz da Terra.
© Focal Pointe Observatory/Chandra/DSS (IC 443)
Novas observações do observatório de raios X Chandra mostram que a explosão que criou a Nebulosa Medusa também formou um objeto peculiar localizado no extremo sul do remanescente, chamado CXOU J061705.3+222127, ou simplesmente J0617, que é uma fonte pontual de raios X, cujas características são semelhantes às de um pulsar, ou seja, uma estrela de nêutrons em rotação rápida e com um campo magnético intenso.
Os astrônomos pensam que este pulsar será tudo o que resta do núcleo da estrela que explodiu, mas esta interpretação tem as suas dificuldades. Durante muito tempo assumiu-se que estas explosões seriam essencialmente simétricas. Neste cenário, seria esperado que os pulsares resultantes se mantivessem no centro do remanescente em expansão. No entanto, nas últimas décadas, e com o benefício de mais e melhores observatórios na Terra e no espaço, tornou-se evidente que tal não é sempre o caso. São conhecidos vários exemplos de remanescentes com pulsares desentralizados, frequentemente movendo-se a grande velocidade.
O J0617 é um destes pulsares enigmáticos. A imagem mostra claramente que se encontra longe do centro da nebulosa. Observações em raios X com o telescópio Chandra mostram que o pulsar é rodeado de uma nebulosa energizada pelo seu poderoso campo magnético, ele próprio alimentado pela rotação frenética da estrela de nêutrons. Estas nebulosas são designadas tecnicamente por Pulsar Wind Nebulae. Nebulosas semelhantes foram detectadas em torno de vários pulsares. Na Nebulosa do Caranguejo (Messier 1, o remanescente da supernova de 1054), por exemplo, uma tal nebulosa constitui mesmo a fonte principal de iluminação.
O J0617 é um destes pulsares enigmáticos. A imagem mostra claramente que se encontra longe do centro da nebulosa. Observações em raios X com o telescópio Chandra mostram que o pulsar é rodeado de uma nebulosa energizada pelo seu poderoso campo magnético, ele próprio alimentado pela rotação frenética da estrela de nêutrons. Estas nebulosas são designadas tecnicamente por Pulsar Wind Nebulae. Nebulosas semelhantes foram detectadas em torno de vários pulsares. Na Nebulosa do Caranguejo (Messier 1, o remanescente da supernova de 1054), por exemplo, uma tal nebulosa constitui mesmo a fonte principal de iluminação.
© Chandra (estrutura em forma de anel em torno do pulsar)
A elevada resolução conseguida com o Chandra permite observar uma estrutura em forma de anel em torno do pulsar e o que parece ser um suposto jato de partículas relativísticas, perpendicular ao plano do anel. Os astrônomos pensam que o anel poderá ser uma onda de choque, o local onde o vento de partículas emitido pelo pulsar colide com o material circundante. A forma assimétrica da nebulosa em raios X sugere o movimento para a parte inferior direita da imagem, mas esta trajetória, extrapolada para trás no tempo, levaria o pulsar para longe do centro do remanescente.
O aparente paradoxo pode ser resolvido assumindo que a própria nebulosa não está se expandindo de forma simétrica, e que o seu centro seria originalmente mais para a esquerda na imagem do que o é atualmente.
O aparente paradoxo pode ser resolvido assumindo que a própria nebulosa não está se expandindo de forma simétrica, e que o seu centro seria originalmente mais para a esquerda na imagem do que o é atualmente.
Esta última pesquisa propicia uma estimativa para a idade do remanescente de supernova em torno de dezenas de milhares de anos. Isto está de acordo com trabalhos anteriores que aponta a idade do IC 443 ser cerca de 30.000 anos. No entanto, outros cientistas têm inferido idades muito mais jovens de cerca de 3.000 anos para este remanescente de supernova, sendo que a sua verdadeira idade permanece em questão.
Fonte: NASA
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