A ESA (agência espacial europeia) divulgou uma imagem feita pelo telescópio Planck Suveyor, que mostra a Via Láctea em ondas de radiação cósmica em micro-ondas.
© ESA (distribuição estelar na Via Láctea feita pelo Planck)
Um rastro de poeira é visível no sentido horizontal. Ao norte e ao sul da imagem, a variação de temperatura da radiação cósmica também pode ser observada.
Lançado em maio de 2009, o telescópio providenciou, desde então, um catálogo de imagens com aproximadamente 15 mil novos objetos celestiais, além de mais 30 aglomerados de galáxias.
O Planck, que está a 1,5 milhão de quilômetros da Terra, é essencialmente designado para captar até as menores variações de energia liberadas depois do Big Bang.
Ainda em andamento, o estudo sobre a radiação cósmica de fundo em micro-ondas (CMB), a radiação remanescente do Big Bang e uma de suas maiores evidências, deve ser publicado em 2013.
Uma das tarefas que o telescópio tem superado é remover uma "névoa" de emissões de micro-ondas, um brilho difuso que durante décadas tem distorcido a visão de regiões empoeiradas do espaço profundo.
Os dados coletados pelo Planck confirmam a teoria de que a "névoa" vem dos grãos em escala nanométrica espalhados ao rodopiar várias dezenas de bilhões de vezes por segundo, por colisão com átomos em grande movimento ou com raios de luz ultravioleta.
Os cientistas agora devem ser capazes de filtrar este sinal, podendo se concentrar nos vestígios genuínos de CMB nas ricas quantidades de dados do Planck.
"Estes novos resultados são peças vitais de um quebra-cabeça que pode nos dar um quadro completo da evolução do próprio quintal cósmico em que vivemos, a Via Láctea, bem como do início da história de todo o Universo", afirmou David Parker, diretor de ciência espacial da ESA.
A grande ferramenta do Planck é um telescópio de 1,5 metro de comprimento que concentra a radiação em dois conjuntos de detectores, que são refrigerados a quase zero absoluto. O telescópio já realizou sua missão de 15 meses, mas as suas operações já foram prorrogadas por dois anos.
Fonte: ESA
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