segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

O efeito borboleta

A cerca de 60 milhões de anos-luz de distância, na constelação da Virgem, as duas galáxias NGC 4567 e NGC 4568, também chamadas Galáxias Borboleta devido à sua estrutura parecida com asas, começam a colidir e a se fundirem uma à outra.

© ESO/VLT (NGC 4567 e NGC 4568)

Podemos ver isso mesmo nesta imagem captada pelo instrumento FORS2 (FOcal Reducer and low dispersion Spectrograph 2), montado no Very Large Telescope (VLT) do ESO no Observatório do Paranal, nos Andes chilenos. 

Colisões de galáxias não são incomuns no Universo. Podemos imaginá-las violentas e catastróficas, mas, na realidade, são processos surpreendentemente pacíficos, tal como uma valsa executada por estrelas, gás e poeira e coreografada pela gravidade. 

Pensa-se que este tipo de colisão e fusão seja também o eventual destino da Via Láctea, que irá sofrer uma interação semelhante com a nossa galáxia vizinha, Andrômeda. 

O instrumento FORS2 é frequentemente apelidado de o "canivete suíço" do Paranal, devido à sua incrível versatibilidade, sendo um dos instrumentos mais requisitados. Além de captar imagens como esta, também pode obter espectros de até várias dezenas de objetos cósmicos simultaneamente, ou estudar luz polarizada. 

Esta imagem foi criada como parte do programa Joias Cósmicas do ESO, uma iniciativa de divulgação para produzir imagens de objetos interessantes, intrigantes ou visualmente atraentes, utilizando os telescópios do ESO, para fins de educação e divulgação científica. O programa utiliza tempo de telescópio que não pode ser usado em observações científicas. Todos os dados obtidos podem ter igualmente interesse científico e são, por isso, postos à disposição dos astrônomos através do arquivo científico do ESO. 

Fonte: ESO

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